quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Dieta do tipo sanguíneo: Dá pra confiar?

Criada pelo médico Americano Peter D’adamo, e trazida a público em 1996 através da publicação de seu primeiro livro, a dieta do tipo sanguíneo se baseia na premissa de que para cada tipo sanguíneo, existem alimentos bons e ruins que além de influenciar processos inflamatórios, também mexem com o funcionamento do corpo, com a absorção dos nutrientes, e com o estresse.


Os alimentos bons entram no grupo intitulado de “alimentos benéficos”. Esses podem e devem ser incluídos no cardápio, pois agiriam prevenindo doenças e obesidade. Os alimentos ruins fazem parte do grupo dos “alimentos nocivos”, que por conterem toxinas causadoras de retenção de líquidos, inchaço, acúmulo de gordura e lentidão do metabolismo, deveriam ser excluídos. Nessa didática de divisão de grupos, existe ainda o terceiro grupo, dos “alimentos neutros”, que poderiam ser consumidos e atuariam como complemento aos benéficos.

Segundo Peter, e outros profissionais da saúde favoráveis a essa dieta, ela leva a perda de peso justamente devido à exclusão dos alimentos nocivos, e dessa forma, sem as toxinas inflamatórias, as gordurinhas e os líquidos não ficariam acumulados e o metabolismo funcionaria mais rápido, favorecendo a queima de mais calorias.

Dentro das evidências de Peter, cada tipo sanguíneo apresenta algumas características responsáveis pela divisão dos alimentos dentro dos grupos benéfico, neutro e nocivo. As listas de alimentos são grandes, mas vale destacar alguns exemplos.

No caso do tipo A, a característica principal é a sensibilidade do trato gastrointestinal com a carne, e por isso, os alimentos mais indicados seriam de origem vegetal, e apenas alguns tipos de proteína animal, como a carne de avestruz e alguns frutos do mar como a truta,bacalhau, sardinha e salmão. O queijo de soja, cebola, cenoura, amora, damasco, abacaxi, são benéficos. Deve ser evitado carne de boi, camarão, creme de leite, banana, repolho e pão integral.

O tipo B, é mais tolerante à leite e derivados. Na lista dos alimentos benéficos encontram-se carne de coelho, carneiro e cordeiro, além de bacalhau, linguado, leite desnatado, iogurte, banana, mamão, arroz, aveia, batata e e azeite de oliva, entre outros. Devem ser evitados aves e miúdos, carne de porco, camarão, queijo fundido, caqui, abacate, tomate, milho, lentilha e amendoim, por exemplo.

O tipo AB, mistura características do A e do B. Dentre dos alimentos liberados, estão a carne de carneiro, coelho, atum, bacalhau, ricota, tofu, farinha de centeio, abacaxi, uva, entre outros. Já a carne bovina, camarão, caranguejo, a banana e o leite integral são considerados nocivos às pessoas com este tipo de sangue.

Já para o tipo O, que se destaca por ser o mais antigo, e terem o trato gastrointestinal mais bem desenvolvido e o sistema imunológico mais resistente, considera-se ideal o consumo carne bovina, salmão, bacalhau, espinafre, ameixa, figo, entre outros. Do contrário, não são bem-vindos as aves, atum, leite de soja, arroz, trigo, aveia e derivados do leite, entre outros.

É importante enfatizar que antes de mais nada é preciso ter muita cautela. Outros aspectos, como presença de doença, histórico da família e estilo de vida, além do tipo sanguíneo, também devem ser avaliados antes da elaboração de uma dieta. Alguns dos alimentos do grupo benéfico de um determinado tipo sanguíneo poderiam ser maléficos caso a pessoa tivesse alguma doença associada. Por exemplo, o estímulo da ingestão de carne vermelha, para o tipo sanguíneo O, poderia não ser tão benéfico para aqueles que tem taxas altas de colesterol. Além disso, a exclusão de alimentos pode gerar deficiência de alguns nutrientes, o que contrário ao esperado, também seria nocivo ao organismo.

O ideal mesmo é que seja feita uma reeducação alimentar, afim de que a pessoa aprenda a importância do equilíbrio na alimentação, do controle da qualidade e quantidade, da variedade dos alimentos, e da distribuição de várias refeições ao longo do dia. Dessa maneira, também individualizada, mas não restringindo a analise de um único fator como o tipo sanguíneo, o corpo pode trabalhar de forma correta, o metabolismo funciona de maneira mais acelerada e o acúmulo de gordura e o inchaço também podem ser controlados.

Com exceção de casos específicos, de alergias ou intolerâncias, não é preciso excluir nada quando se tem disciplina e controle sobre tudo o que se come!

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